quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Bolsonaro deveria esta preso por incitar a violência contra as mulheres

Por: Odete Cristina


Bolsonaro já deveria estar preso por ser defensor dos crimes da ditadura, inclusive crimes que usavam o estupro como métodos de tortura.


Bolsonaro já deveria estar preso por ser defensor dos crimes da ditadura, inclusive crimes que usavam o estupro como métodos de tortura. Assim como os torturadores e cúmplices da ditadura militar, que o deputado tanto reivindica em seus discursos com a certeza de que não haverá punição, agora Bolsonaro fez o absurdo de afirmou que não estupraria a deputada Maria do Rosário por que ela "não merecia".
O estupro é uma das mais perversas formas de violência às mulheres que se perpetua dentro dessa sociedade. A visão predominante que enxerga a mulher como uma propriedade do homem e o machismo aliado à exploração capitalista só são reforçados por discursos como esse, incitando a prática de estupros, porque possuem a certeza da impunidade.
Bolsonaro é parte dos que apoiam a violência das mulheres também quando apoia leis como o Estatuto do Nascituro, que "obriga" as mulheres que foram estupradas a levarem adiante uma gravidez que foi fruto de uma violência; e faz o Estado financiar uma "bolsa estupro" caso o genitor não se responsabilizar pelo filho. Isso é mais uma demonstração de seu reacionarismo e violência contra as mulheres.
Incitar a violência é crime, e Bolsonaro já deveria ter sido preso pelas inúmeras declarações racistas, homofóbicas e de incitação da violência que já cometeu. Se isso ainda não ocorreu, é porque ele é protegido por ser do PP, um partido da base aliada do governo, e porque o PT quer preservar o pacto de impunidade que impede que seja feita justiça contra os torturadores e assassinos da ditadura. Nada será feito no sentido de efetivamente combater esses discursos e os milhares de casos de estupros que acontecem em nosso país, alentados pelo mesmo. É necessária uma punição efetiva a todos aqueles que incitam a violência contra as mulheres e defendem os crimes da ditadura militar, como o deputado Jair Bolsonaro.
Seguindo o exemplo dos trabalhadores da USP, com campanhas contra os casos de estupro da Faculdade de Medicina e dos metroviários que se posicionaram contra a agressão a um casal homossexual dentro do metrô, precisamos levantar uma forte campanha pela punição efetiva de todos os crimes da ditadura militar e contra todos os discursos de ódio levantados por esses setores reacionários.
A aliança entre a classe operária e todos os setores oprimidos e explorados por esse sistema capitalista é a única que pode dar uma solução efetiva para essa berrante realidade do sistema capitalista.
Original: Palavra Operaria
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