sábado, 23 de agosto de 2014

DONNELLEY | A expropriação seria a realização máxima

Entrevista de Nerissa Libandro Maldonado (traduzido de http://www.panyrosas.org.ar/Expropiacion-seria-el-logro-maximo)

Já foi dado o primeiro passo: nossos companheiros colocaram a fábrica para funcionar. Hoje o operário tem que dizer “basta!”. Até aqui me despediram, até aqui 3 meses de precarização. O trabalhador tem que dizer: este é o meu trabalho, esta vai ser a minha vida, até eu morrer vou seguir trabalhando nesta fábrica. É um conflito político, os empresários querem acabar com o pensamento da esquerda, que leva adiante o operário gráfico.

Sabemos que a luta não se faz em nossas casas, se ficarmos chorando nada ganharemos. Integrar a comissão de mulheres mudou completamente a minha vida. Defendemos o fundo de luta em outras fábricas, entre nossos vizinhos, juntamos alimentos nas portas de supermercados.

Estamos juntas com nossos companheiros nessa luta em Donnelley.

Primeiramente nos unimos somente por causa dos problemas de nossos maridos, mas logo nos demos conta de que quem tinha de fato grandes problemas éramos nós. O problema social de que as mulheres somos educadas para sermos compreensivas, flexíveis, aquelas que sempre dão tudo, e fazem várias tarefas ao mesmo tempo. Mas tendo consciência do que é o machismo, levamos a vida de outra forma. Me orgulha ver como estamos organizadas, fortes para seguir colaborando e ajudando nessa luta.

Estou lutando pelo meu trabalho, para que meu companheiro  possa ir à fábrica não para ser explorado, ou controlado por um patrão, mas sim para que se possa trabalhar com a moral com a qual todos os trabalhadores devem ir trabalhar.

A solidariedade obtida das mãos dos trabalhadores, junto com a unidade entre as famílias, entre as mulheres, dão grande força para seguirmos adiante.




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