quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

“Querem que desocupemos o Centro de Saúde e não sabemos para onde vamos nem como ficará a população”

Reproduzimos abaixo depoimento de Dinizete Xavier, funcionária do Centro de Saúde Escola Butantã e militante do Pão e Rosas, publicado no Jornal Palavra Operária da Liga Estratégia Revolucionária - Quarta Internacional

O Centro de Saúde Escola Butantã vem passando por um processo de sucateamento através da falta de manutenção do prédio, a ponto de chegar a cair o forro do teto, a falta de rampa ou elevador para portadores de necessidades especiais, entre outros. Através da não contratação e de reposição dos profissionais de saúde como médicos(as), trabalhadores(as) de enfermagem, assistentes sociais e outros. Enquanto isso a universidade de São Paulo através da ex Reitora Suely Vilela e do diretor da Faculdade de Medicina assinaram um contrato de gestão entregando para a Fundação Faculdade de Medicina toda a administração e gerenciamento das unidades básicas de saúde da região Oeste. Ou seja, o prefeito Kassab terceirizou esses equipamentos de saúde entregando para a Fundação.

O diretor do Centro de Saúde acha que se ficarmos fora do contrato de gestão estaremos no “limbo”, porém estar dentro deste contrato é ser terceirizado também. E para forçar mais a barra, o prefeito está retirando seus médicos do Centro de Saúde, são médicos e médicas que são funcionários da Prefeitura e prestam atendimento lá. E quando foram negociar com a Prefeitura para assinar convênio SUS para manter a parte que cabe à população e manter os médicos lá, foi proposto pelo secretário adjunto da saúde que municipalizasse o Centro de Saúde, pois municipalizando esse centro entra no contrato de gestão, ou seja, será terceirizado passando para as mãos das OSs (Fundação Faculdade de Medicina).
E ao mesmo tempo querem reformar o posto sem os trabalhadores lá, querem que desocupemos o prédio, então nem temos certeza se voltaremos, como ficaremos, onde ficaremos e como fica a população. O desmonte é tanto que até a pediatria já saiu de lá dando desculpas que era para reformar, porém nem houve ainda a licitação. O mais grave é que o atual diretor do Centro de Saúde Escola está defendendo a municipalização dizendo que é só por enquanto, e que até estar a Fundação administrando essa região e terminando o contrato nós todos voltaremos.

Só que isso não é verdade, pois municipalizar o Centro Escola é o mesmo que desvincular da USP e passar para o município e, mais grave ainda, terceirizar. Para o CSEB sobreviver, é preciso que a Reitoria da USP assuma a sua parte, contratando mais trabalhadores e contribuindo com a sustentação. E com a prefeitura seria preciso assinar um convênio pelo SUS para a manutenção dos médicos e de outros materiais para a população. Ainda assim, é necessário que todos os trabalhadores da USP em aliança com a população resistam a este ataque e defendam o Centro de Saúde Escola Butantã!

Um comentário:

nancy disse...

AI menina Mara voce não se calou não se cala grita ao mundo somos livres .estou feliz ,o meu grito era calado agora não mais .grito aos racistas eu posso .voce me ensinou .quero que eles vão pro inferno .comigo eles não podem mais, vou lutar vou ser feliz